quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A pequena Gabriela Pallin Barbara ainda precisa de nossa ajuda

Mais uma vez a pequeninha Gabriela precisa de nossa ajuda!!!

Por Luciana Pallin 

Esta princesa tem uma doença rara e fatal chamada doença de SANDHOFF.
Precisamos de 65 mil reais para continuar um tratamento experimental fora do pais, com células tronco e terapia genica, que é a ÚNICA CHANCE DELA VIVER! 

Junte-se a nós e seja um anjo na vida dela!
Faça sua doação, qualquer quantia ajuda.

"As pessoas são anjos de apenas uma asa, que quando se abraçam têm a capacidade de voar!" 

AJUDEM A GABI A CONTINUAR LUTANDO PELA VIDA...
QUALQUER QUANTIA AJUDA! 

Acessem: www.unidaspelavida.com

Dados para Doação:

Banco 237 - Bradesco
Conta poupança:
1009689-8
Agência: 2505-4
Gabriela Pallin Barbara
CPF: 077.608.488-70

Banco do Brasil
Conta poupança: 9178-2
Agência: 4226-9
Variação: 01
Gabriela Pallin Barbara
CPF: 060.049.913-84 


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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Nobel de Medicina vai para pesquisas com células-tronco


ESTOCOLMO - Os cientistas que renovaram a pesquisa de células-tronco e abriram caminho para uma revolução na engenharia de tecidos são os ganhadores do Prêmio Nobel de Medicina de 2012, anunciado esta manhã, pelo Instituto Karolinska, na Suécia. Os nomes do britânico John Gurdon e do japonês Shinya Yamanaka estavam entre os favoritos para receber o prêmio. Gurdon por ter feito nos anos 60 as descobertas fundamentais que levaram Yamanaka, décadas depois, a encontrar um caminho para obter uma nova fonte de células-tronco, quase tão versáteis quanto as embrionárias.

Yamanaka é um dos especialistas em engenharia de tecidos mais conhecidos do mundo. O instituto que concede o Nobel de Medicina informou em nota que os dois foram premiados por terem descoberto que células-maduras e especializadas podem ser reprogramadas para se transformar em células imaturas capazes de se desenvolverem em todos os tecidos do corpo. “Suas descobertas revolucionaram nosso conhecimento de como as células se organizam e se desenvolvem”, disse a nota do Karolinska.

Diferentemente de várias outras descobertas laureadas com o mais importante prêmio da medicina, os trabalhos de Gurdon e Yamanaka têm aplicação direta no desenvolvimento de novas terapias celulares. Em 1962, John B. Gurdon rompeu um paradigma da ciência ao mostrar que a especialização das células é reversível. Numa experiência hoje clássica e na época herética, ele substituiu as células imaturas do núcleo de um óvulo de um sapo pelo núcleo de uma célula intestinal madura. Com isso, ele modificou o óvulo que se desenvolveu como um girino.

Gurdon provou que o DNA da célula madura ainda tinha toda a informação necessária para desenvolver todas os tipos de células que formam um sapo. Quatro décadas depois, Yamanaka descobriu como fazer para que células adultas de camundongos fossem reprogramadas em células-tronco imaturas. Realizada em 2006, a descoberta teve imenso impacto na altamente competitiva pesquisa de células-tronco. Na semana passada, por exemplo, estudos do próprio Yamanaka e colegas na “Science” mostraram ser possível usar células reprogramadas para criar óvulos de camundongos que puderam ser fertilizados e gerar filhotes normais, numa pesquisa que abriu caminho para combater a infertilidade.

Na pesquisa premiada com o Nobel, Yamanaka descobriu que a introdução de alguns poucos genes pode reprogramar célula adultas ao estágio de células-tronco pluripotentes, capazes de originar numerosos tecidos do corpo. As chamadas células-tronco de reprogramação induzida são vistas como uma das mais acessíveis e promissoras fontes de células para a engenharia de tecidos, área que acena com a possibilidade de tratamentos para problemas tão diversos quanto infarto e mal de Parkinson.

O trabalho dos dois pesquisadores revelou ao mundo que as células são muito mais flexíveis do que jamais poderia se imaginar. Elas não estão confinadas para sempre num estágio especializado. Para as células, rejuvenescer totalmente, da maturidade ao estágio de embrião é possível. O segredo está nos genes que apagam a memória da especialização e as faz de novo flexíveis como as de um embrião. Gurdon e Yamanaka mudaram os livros de medicina e reescreveram a ciência.

John Gurdon trabalha no instituto que leva o seu nome em Cambridge, Inglaterra. Ele tem 79 anos. Shinya Yamanaka tem 50 anos e trabalha na Universidade de Kioto, no Japão.


Fonte: O Globo


sábado, 15 de setembro de 2012

Surdez: novo tratamento com células-tronco recupera 46% da audição em cobaias


Um grupo de cientistas britânicos conseguiu devolver a audição a esquilos usando células-tronco embrionárias de seres humanos. Para eles, este é um enorme passo que poderá vir a ajudar pacientes com surdez incurável causada por danos nos nervos.
Esta quarta-feira, a equipe, coordenada por Marcelo Rivolta, da Universidade of Sheffield, no Reino Unido, salientou que o procedimento ainda precisa de passar por mais testes para garantir a sua segurança e eficácia a longo prazo, mas que, em qualquer dos casos, os resultados marcam um avanço significativo no campo da medicina regenerativa.
Os cientistas escolheram esquilos, em vez dos habituais ratinhos de laboratório, para os testes realizados porque a audição destes animais é semelhante à dos humanos. Eles receberam um fremédio, que danificou os seus nervos auditivos e, depois, cada um recebeu cerca de 50 mil células-tronco embrionárias, previamente "transformadas" em células dos ouvidos. Segundo o estudo, publicado na revista Nature, as célula-tronco humanas proporcionaram nos roedores uma recuperação de 46% na audição, medida através de sinais elétricos nos cérebros dos animais.
"Se estivessemos falando de um ser humano, esta recuperação significaria passar de um estado em que não se conseguia ouvir um caminhão passando na rua para outro em que se consegue manter uma conversa", explicou Rivolta aos jornalistas. "O que o nosso estudo mostra é uma recuperação funcional com recurso a células-tronco humanas, o que é único", disse à Reuters.
Como essas células são criadas apenas no útero materno, não há forma de as reparar se sofrerem danos, o que resulta numa incapacidade total de ouvir. Embora os implantes ofereçam uma solução parcial para o problema, não há tratamento para os danos nos nervos auditivos, responsáveis por cerca de 10% a 15% dos casos de surdez profunda.
De acordo com Rivolta, o novo tratamento poderá ser uma boa solução, tendo inicialmente como alvo os danos nervosos, mas tendo também potencial para ser usado num quadro mais amplo de pacientes, quando combinado com a utilização de implantes. Os primeiros pacientes poderão vir a receber "dentro de poucos anos" estas células-tronco, com vista à recuperação da audição, concluiu o investigador. Com informações da Reuters e da Nature.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Célula-tronco devolve sensibilidade a pacientes com paralisia



Célula-tronco devolve sensibilidade a pacientes com paralisia

Pela primeira vez, cientistas conseguiram fazer com que pacientes com graves lesões medulares recobrassem a sensibilidade com o uso de células-tronco. A experiência pode ter importantes desdobramentos para pessoas paralisadas. Segundo especialistas, as mudanças observadas sugerem que as células-tronco tiveram um impacto decisivo na recuperação dos pacientes. A técnica será um complemento importante no tratamento As informações são do jornal O Globo.

Na pesquisa, três pessoas com paralisia (sem qualquer sensibilidade abaixo do peito) receberam injeções na região lesionada da medula espinhal com cerca de 20 milhões de células-tronco neurais obtidas a partir de tecido cerebral fetal. Além das injeções de quatro a oito meses depois dos acidentes causadores das lesões, os pacientes receberam imunossupressores para limitar uma possível rejeição às células. Seis meses após a terapia, dois dos voluntários relataram a sensação de toque e calor na região entre o queixo e o umbigo.

Fonte: Terra

sábado, 28 de julho de 2012

Transplante de células-tronco pode ter curado dois homens com HIV



Um estudo divulgado em Washington nesta semana, durante a 19ª Conferência Internacional da Aids, afirma que dois homens com HIV não apresentaram sinais do vírus no período de oito e 17 meses, respectivamente, depois de receber transplantes de células-tronco devido a uma leucemia.
A pesquisa feita por Daniel Kuritzkes, professor de medicina do Hospital Brigham and Women, em Massachusetts, traz a possibilidade de que os dois homens estejam livres do HIV.
De acordo com os cientistas, as células-tronco transplantadas repovoaram o sistema imunológico dos pacientes e os traços de HIV foram perdidos. Após receberem a medula de doadores, foi mantido o tratamento com antirretrovirais. Isso permitiu que as células doadas não fossem infectadas e criou ainda defesas imunitárias.
Atualmente, de acordo com o estudo, não há traços de HIV no DNA, RNA ou ainda no sangue dos homens que serviram de cobaia. De acordo com a pesquisa, o próximo passo será determinar a existência de HIV nos tecidos.
Os dois casos são diferentes do famoso "paciente de Berlim", o americano Timothy Brown, que se considera curado do HIV e da leucemia após receber um transplante de médula óssea de um raro doador que possuía resistência natural ao HIV (sem receptor CCR5, que age como porta de entrada do vírus nas células).
Tratamento experimental
Brown, 47 anos, um ex- HIV positivo de Seattle, nos EUA, ficou famoso depois de passar por um novo tratamento de leucemia com células-tronco de um doador resistente ao HIV e desde então não apresenta traços do vírus.

Depois de 2007, Brown passou por dois transplantes de alto risco de medula óssea e seus testes continuam a indicar negativo para o HIV, impressionando os pesquisadores e oferecendo perspectivas promissoras sobre como a terapia genética pode levar à cura da doença.

"Eu sou a prova viva de que pode haver uma cura para a Aids", disse Brown em uma entrevista. "É maravilhoso estar curado do HIV". Brown parecia frágil quando se reuniu com jornalistas durante a XIX Conferência Internacional sobre a Aids, o maior encontro mundial sobre a pandemia, realizada durante esta semana na capital americana.

O transplante de medula óssea é delicado e um a cada cinco pacientes não sobrevive.
Mas Brown afirma que apenas sente dores de cabeça ocasionais. Também disse estar consciente de que sua condição gerou polêmica, mas negou as afirmações de alguns cientistas que acreditam que ele pode ter traços de HIV no corpo e que pode contaminar outros. "Sim, estou curado", declarou. "Sou HIV negativo".

Prazo de vida

Brown estudava em Berlim quando descobriu ser HIV positivo, em 1995. Na época, deram-lhe dois anos de vida. Contudo, um ano depois, apareceu no mercado a terapia antirretroviral combinada, que fez com que o HIV deixasse de ser uma sentença de morte e passasse a uma doença controlável por milhões de pessoas em todo o mundo.

Brown tolerou bem as drogas, mas com fadiga persistente visitou um médico em 2006 e foi diagnosticado com leucemia. Passou por quimioterapia, o que lhe causou uma pneumonia e uma infecção que quase o matou.

A leucemia voltou em 2007 e seu médico, Gero Heutter, cogitou um transplante de medula óssea com um doador que tinha uma mutação do receptor CCR5. Pessoas sem este receptor parecem ser resistentes ao HIV, porque não têm a porta através da qual o vírus entra nas células. Mas essas pessoas são raras: cerca de 1% da população do norte da Europa.

A nova técnica pode ser uma tentativa para curar o câncer e o HIV, ao mesmo tempo.

Brown foi submetido a um transplante de medula óssea com células-tronco de um doador com a mutação CCR5. Ao mesmo tempo, parou de tomar antirretrovirais. No fim do tratamento o HIV não foi mais identificado em Brown. Mas sua leucemia retornou, e por isso foi submetido a um segundo transplante de medula em 2008, utilizando as células do mesmo doador.

Brown afirmou que sua recuperação da segunda cirurgia foi mais complicada e o deixou com alguns problemas neurológicos, mas continua curado da leucemia e do VIH. Quando perguntam se acredita em um milagre, Brown hesita. "É difícil dizer. Depende de suas crenças religiosas, se você quer acreditar que foi a ciência médica ou que se trata uma intervenção divina", disse. "Eu diria que é um pouco dos dois".

*Com informações da France Presse

Fonte: G1

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Sistema de Comunicação Alternativa para Tablet


Sistema de Comunicação Alternativa para Tablet

Uma ótima notícia para quem tem pessoas com dificuldades especiais.

Vejam o belíssimo trabalho desenvolvido pelo amigo Carlos Pereira, pai da menina Clarinha, portadora de paralisia cerebral e a primeira brasileirinha que foi submetida ao tratamento com células-tronco na China.

Esse sistema desenvolvido por ele possibilitará a comunicação daqueles que não conseguem se expressar e passarão a ter uma melhor qualidade de vida e melhor...o Carlos está disponibilizando esse aparelho no mercado GRATUITAMENTE!

Assistam a reportagem:


Programa de computador ajuda pacientes com dificuldade de comunicação


PALESTRA
Sistema de Comunicação Alternativa para Tablet

O Livox® é indicado para as seguintes patologias:

Autismo
Esclerose Lateral Amiotrófica
Esclerose Múltipla
• Pacientes que fazem uso de Traqueostomia
Paralisia Cerebral
Sequelas de Derrame Cerebral (AVC ou AVE)
Quaisquer outras patologias que influenciem a fala.

Palestrante: Carlos Edmar Pereira – do Recife e criador do aplicativo.

Data: 30 de agosto de 2012
Hora: 8h30min às 11h30min (com intervalo)
Local: Complexo Cultural do CEI em Campo Bom (próximo a rodoviária)

Inscrições: até o dia 15/08 pelo telefone: 3598-1826 ou pelo
e-mail: apae-cb@sinos.net

Investimento: R$20,00 
Depósito bancário: Banco do Brasil Conta:3313-8 Agência 0755-2 enviar comprovante identificado por fax.

PÚBLICO ALVO: PAIS, CUIDADORES, PROFISSIONAIS DA SAÚDE E EDUCAÇÃO.

Links Relacionados:

Livox
Clarinha a menina sorriso
- REAMO BEIKE - TECNOLOGIA E INOVAÇÃO!


quarta-feira, 27 de junho de 2012

Israelenses criam novas linhagens de células-tronco para doenças degenerativas



Depois de 12 anos de trabalho, especialistas da Hadassah University Medical Center, de Israel, desenvolveram três novas linhagens de células estaminais embrionárias humanas (hESCs), as primeiras no mundo a serem produzidas sem contaminação de qualquer animal - camundongos ou gado - dentro das normas GMP (Good Manufacturing Practices).
De acordo com o professor Bejamin Reubioff, essas novas linhagens permitirão o desenvolvimento de um número infinito de tecidos humanos, capazes de tratar uma ampla gama de doenças degenerativas.
"Ninguém mais conseguiu realizar o que fizemos, porque é muito difícil trazer o know how do laboratório de pesquisa para as condições concretas de implantação no corpo das pessoas", diz Reubioff.
As células-tronco embrionárias podem se diferenciar e amadurecer em qualquer tipo de corpo humano, o que lhes dá o potencial para servir como uma fonte infinita de produção de células regenerativas para transplante em casos de doenças graves e degenerativas, como AMD, diabetes tipo 1, insuficiência cardíaca e mal de Parkinson.  

sábado, 23 de junho de 2012

O imperador e as células-tronco

Por Alysson Muotri


Um encontro internacional de pesquisa envolvendo células-tronco, em Yokohama, no Japão, marcou na semana passada os dez anos da Sociedade Internacional de Células-Tronco, da qual participo desde sua origem. Em retrospectiva, o primeiro encontro não tinha mais do que cem participantes, a maioria dos EUA, que se reuniam sempre na mesma sala. Dez anos depois, são mais de 4 mil afiliados do mundo todo, e os encontros acontecem em diversas salas de forma simultânea. Um grande salto para a grande promessa da medicina do século 21.
A celebração dos dez anos contou com a presença do imperador e da imperatriz japoneses, em uma cerimônia que transferia a presidência da sociedade, do neurocientista Fred Gage para o pesquisador japonês Shinya Yamanaka. Shinya ficou popular com seu trabalho sobre a geração de células-tronco pluripotentes induzidas (conhecidas como iPS cells, em inglês) através da reprogramação celular. A pesquisa permite, entre outras coisas, a criação de tipos celulares especializados de pacientes para triagem de drogas. Shinya é um forte candidato ao prêmio Nobel nos próximos anos. A presença do imperador mostra o sério investimento do Japão nessa área. Difícil imaginar algo semelhante acontecendo em outros países.
Participo desses encontros sempre que posso e tento colaborar com a sociedade porque acredito que as células-tronco precisam realmente de uma representação internacional. Das atitudes que me agradam, destaco a grande quantidade de informação disponível sobre o assunto na página da sociedade. Além disso, existe um site que procura instruir pacientes e familiares sobre como agir, o que perguntar e como avaliar possíveis tratamentos experimentais. A ideia é educar o público leigo para que se aumente a massa crítica a respeito de eventuais terapias não comprovadas cientificamente, visando reduzir o famigerado “turismo médico” que se criou em torno das células-tronco.
Dos trabalhos apresentados este ano, destaco a atuação do grupo de Hiromitsu Nakauchi, da Universidade de Tóquio, sobre a geração de rins transgênicos. O grupo apostou em porcos quiméricos para mostrar que é possível criar órgãos inteiros e funcionais a partir de células-tronco pluripotentes. Para isso, os pesquisadores transplantaram células-tronco de porcos normais em blastômeros (estágio embrionário), gerados a partir de um casal de porcos que carregam uma alteração genética que os impede de desenvolver os rins.
Os embriões quiméricos (carregando células de origens diferentes) foram então transferidos para o útero de uma porca com gravidez induzida. Os filhotes nasceram com rins funcionais e foram capazes de encher a bexiga e urinar normalmente. As células-tronco transplantadas foram as responsáveis pela criação dos rins nos animais geneticamente programados para nascer sem os rins. O grupo pretende agora repetir o ensaio usando células-tronco de pluripotência induzidas de macacos. Quando indagado sobre o uso de células-tronco pluripotentes induzidas a partir de humanos, o grupo respondeu que a proposta está sendo analisada pelo comitê de ética da universidade.
O benefício para a humanidade de se produzirem rins e outros órgãos humanos em porcos é enorme: acabaria com as filas de transplante e salvaria milhões de vidas. No entanto, a questão ética merece ser estudada. Acredito que animais quiméricos, isto é, carregando células-humanas em diversos tecidos do corpo, ainda causem estranheza para os leigos. Mas a verdade é que cientistas vêm fazendo esse tipo de experimento há décadas. Quando em 2005 mostrei que células-tronco embrionárias humanas poderiam integrar-se funcionalmente no cérebro de camundongos, depois de um transplante in-utero em camundongas grávidas, recebi uma série de e-mails repudiando esses experimentos.
No topo da lista de argumentos, estava a ideia de que neurônios humanos nos cérebros de roedores poderiam aumentar algumas funções cognitivas nesses animais, gerando algo semelhante à consciência humana, por exemplo. Baseando-me numa série de evidências sobre o desenvolvimento do sistema nervoso humano, diria que isso é praticamente impossível.
Mas a real preocupação do quimerismo no caso dos porcos é a eventual transmissão de gametas humanos pelos animais, gerando organismos deformados, meio homem, meio porco (como na foto abaixo). Existem formas de avançar o conhecimento científico sem infringir a ética ou a moral humana vigentes (sim, ética e moral variam dramaticamente com o tempo). Evitar que os animais cruzem é uma opção simples.


As possibilidades de uso de células-tronco são limitadas apenas pela criatividade humana. Os encontros internacionais com pesquisadores da área são locais de intensa discussão e reflexão dos benefícios e perigos dessa tecnologia que está ainda na infância. O futuro da medicina está, sem dúvidas, nas células-tronco.

Fonte: G1

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Menina de 10 anos recebe transplante de veia feita com suas células-tronco



Um órgão “fabricado” com células-tronco foi o que salvou a vida de uma menina norte-americana de apenas 10 anos. Portadora de uma doença incomum, ela precisava substituir a Veia Portal Hepática, que leva sangue dos intestinos e do baço até o fígado.
Para evitar as complicações de um transplante convencional (principalmente o risco de rejeição), um grupo de pesquisadores suecos criou uma veia a partir células-tronco da própria paciente. Usando como base a estrutura de uma veia que havia sido doada, eles cultivaram o tecido por duas semanas e implantaram na criança.
Pouco depois da cirurgia, o novo vaso sanguíneo já estava com fluxo normal. Para a Dra. Suchitra Sumitran-Holgersson, que participou da equipe responsável pela operação, os resultados são muito animadores. “Essa técnica pode aumentar muito a qualidade de vida do paciente após o transplante”, declarou.
Apesar do sucesso, a Dra. Sumitran-Holgersson ressalta que a técnica ainda precisa ser aperfeiçoada: nove meses depois do transplante, foi preciso fazer uma nova intervenção, dessa vez para tratar parte do tecido, que havia ficado rígido. Hoje, a menina está com boa saúde e consegue fazer exercícios leves.
Criar órgãos ainda é um procedimento complexo e de custo elevado, mas que traz esperança a muitos pacientes e tem um enorme potencial. “Acredito que ainda veremos muito isso no futuro”, conclui a médica.[ABC News]
Fonte: Hype Science

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Escudo de células-tronco pode proteger pacientes de efeitos da quimioterapia



Cientistas nos Estados Unidos acreditam que pode ser possível usar um 'escudo' de células-tronco para proteger pacientes de câncer dos efeitos colaterais da quimioterapia.
O tratamento destrói células cancerosas, que se dividem rapidamente, mas também podem afetar outros tecidos saudáveis, como a medula óssea ou células sanguíneas, aumentando o risco de infecção e causando falta de ar e cansaço.
Na nova pesquisa do Fred Hutchinson Cancer Research Center, publicada na revista científica 'Science Translational Medicine', células-tronco da medula óssea de pacientes com tumores cerebrais foram retiradas e modificadas com um gene resistente à quimioterapia. As células foram então injetadas novamente no sangue dos pacientes.
'Este tratamento é análogo a disparar contra as células cancerígenas e as células da medula óssea, mas dando às da medula óssea um escudo protetor, enquanto se deixa o tumor desprotegido', disse a pesquisadora Jennifer Adair.
Sobrevida maior
O principal autor do estudo, Hans-Peter Kiem, disse que os resultados dos testes com três pacientes foram muito positivos.

'Concluímos que os pacientes foram capazes de tolerar melhor a quimioterapia, sem efeitos negativos, depois da transplantação das células-tronco modificadas na comparação com pacientes em estudos anteriores, que receberam o mesmo tipo de quimioterapia, mas sem receber as células-tronco modificadas', afirmou ele.
De acordo com os pesquisadores, todos os três pacientes viveram mais que a média de 12 meses de sobrevida prevista para esse tipo terminal de câncer (glioblastoma) e um deles ainda estava vivo 34 meses após o tratamento.
A cientista da ONG Cancer Research UK Susan Short disse que o estudo americano traz uma abordagem completamente nova à proteção de células normais durante o tratamento de câncer.
'Ainda é necessário conduzir testes com mais pacientes, mas pode ser que possamos usar quimioterapia para mais pacientes sofrendo de câncer de cérebro do que imaginávamos anteriormente.'
'Esta abordagem também pode ser um modelo para outras situações em que a medula óssea é afetada por tratamentos contra o câncer.'
Fonte: G1

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Ministério da Saúde expandirá produção de células-tronco



Serão investidos R$ 15 milhões na qualificação de oito centros de tecnologia celular e publicação de editais de pesquisa na área
O Ministério da Saúde vai investir R$ 15 milhões em terapia celular em 2012.A maior parte do recurso – R$ 8 milhões – será voltada para concluir a estruturação de oito Centros de Terapia Celular, que ficarão responsáveis pela produção nacional de pesquisas com células-tronco. Atualmente, grande parte dos insumos utilizados nas pesquisas com células-tronco realizadas no Brasil são importados. Os outros R$ 7 milhões serão aplicados em editais de pesquisa abertos ainda este ano.
O anúncio foi feito pelo ministro Alexandre Padilha, durante a abertura do Encontro com a Comunidade Científica 2012, realizada na noite de ontem, segunda-feira e que segue até quarta-feira (18), no Edifício Brasil 21, em Brasília.“O objetivo é incentivar a independência tecnológica do País e proporcionar autonomia produtiva e know how numa das áreas mais inovadoras da saúde”, explicou o ministro.
Com esta ação, o governo quer ampliar o uso da medicina regenerativa na recuperação de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), em tratamentos como regeneração do coração, movimento das articulações, tratamento da esclerose múltipla.
“O know how de produção de suas próprias células-tronco, embrionárias e adultas, vai baratear as pesquisas na área e possibilitar a produção em escala para uso comercial”, explicou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Carlos Gadelha. “A intenção é tornar esses centros aptos a subsidiar hospitais públicos e privados na recuperação de órgãos de pacientes”, afirma o secretário.
A terapia celular ainda não é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina brasileiro, o uso em pacientes só é permitido no âmbito das pesquisas clínicas. A exceção é o uso das células-tronco derivadas da medula óssea humana, que já vêm sendo empregadas com sucesso no tratamento de pacientes com hematológicas, como leucemias e anemias.
Centros 
Os oito Centros de Tecnologia Celular estão localizados em sete municípios do país: três na Universidade de São Paulo na capital paulista (USP-SP), um na USP-Ribeirão, um na Universidade do Rio Grande do Sul, um na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-Paraná), em Curitiba, um no Instituto Nacional de Cardiologia do Rio de Janeiro e um no Hospital San Rafael, em Salvador (BA).
Três deles já estão em atividade – o de Curitiba, o de Salvador e o de Ribeirão Preto –, com recursos do Ministério da Saúde. Os outros cinco estão em fase de construção. O mais avançado é o da PUC-Paraná, que tem pesquisas concluídas, já produz células-tronco adultas e aguarda autorização da Anvisa para ampliarem a produção para escala comercial. Já deu suporte a cinco pesquisas clínicas envolvendo 80 pacientes cardíacos. Alguns dos pacientes voluntários nas pesquisas do centro da PUC-Paraná tinham anginas intratáveis que lhes impossibilitavam de fazer qualquer esforço físico, mas, com o tratamento, tiveram seus corações recuperados e hoje têm vida normal, com prática constante de atividade física. O centro já começou a produzir célula-tronco para uso em cartilagem, os chamados condrócitos, e aguarda liberação do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para realizar pesquisas envolvendo a regeneração de articulações de joelho e do quadril.
A USP Ribeirão Preto está desenvolvendo pesquisas na área de diabetes. No Hospital San Rafael, em Salvador, os estudos são em traumatismo de medula óssea e fígado.
Os centros começaram a ser criados em 2008, quando o Ministério da Saúde criou, em parceria com Finep, BNDES e CNPq, a Rede Nacional de Terapia Celular, constituída por 52 grupos de pesquisadores envolvidos em estudos principalmente de tratamento de doenças autoimunes, como diabetes, esclerose múltipla e traumatismo de medula. Esta foi uma iniciativa inédita em termos de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico na área da medicina regenerativa em todo o mundo.
Evento 
O Encontro com a Comunidade Científica 2012 reúne cerca de 600 pesquisadores de todo o país. O investimento tem terapia celular faz parte de um pacote de investimentos de R$ 165 milhões em pesquisas em 2012. Serão publicados seis editais em diferentes áreas. Os demais recursos vão para doenças negligenciadas, pesquisa clínica, avaliação de tecnologias, coortes e gestão do trabalho e educação em saúde.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

As células-tronco e a ilusão chinesa


Uma investigação revela que nem o governo consegue acabar com esse engodo. Como os brasileiros podem se proteger


É possível enxergar a realidade de várias formas, mas uma doença grave na família quase sempre canaliza os olhares para um foco único: o da esperança. A confiança em uma coisa boa é apenas uma das definições de esperança, segundo o Dicionário Houaiss. Há uma outra. Ela quase sempre escapa pela janela quando a moléstia avança pela porta: esperança é algo que não passa de uma ilusão.

Nos últimos anos, famílias de brasileiros que enfrentam graves doenças foram atraídos pelas promessas de cura feitas por empresas instaladas na China. As células-tronco chinesas viraram a panaceia do novo milênio. Em apenas um site da internet, é possível receber a oferta de soluções para problemas que nem as melhores cabeças do mundo, somadas, foram capazes de encontrar.
Autismo, ataxia, esclerose lateral amiotrófica (a doença do famoso físico britânico Stephen Hawking), paralisia cerebral, derrame, lesão medular, distrofia muscular, epilepsia, Parkinson, doença de Huntington. A lista é ainda maior.
Por milhares de dólares, as empresas oferecem injeções de células-tronco que ninguém sabe de onde vêm. Os cientistas mais respeitados do mundo nessa área não sabem se os chineses usam células-tronco embrionárias (aquelas que tem o potencial de gerar qualquer tecido do organismo) ou células de tecidos específicos extraídas de fetos abortados. Ninguém sabe o que os chineses fazem porque eles simplesmente não publicam seus “achados” em revistas científicas.
O que se sabe é que eles cobram caro para submeter os pacientes a experiências que, além de não curar, podem piorar a condição dos doentes. As empresas atraem novos clientes por meio de sites que exibem depoimentos de pessoas que receberam as injeções e dizem ter observado melhorias.
Pode ser efeito placebo. Pode ser um ganho momentâneo provocado por remédios ou fisioterapia. Pode ser qualquer coisa. Inclusive, não ser verdade. É impossível afirmar que essas injeções sejam seguras e eficazes sem acompanhar os pacientes por um longo período, com método científico, e publicar os achados (satisfatórios e insatisfatórios) em revistas científicas. É assim que a ciência caminha. Enquanto isso não é feito, o que os chineses estão fazendo tem nome: charlatanismo.
É compreensível que os brasileiros se comovam com a história de crianças e adultos que enxergam nas promessas chinesas uma única chance. Brasileiro, felizmente, tem coração grande. Mas o altruísmo não pode embotar o conhecimento e a capacidade de reflexão.
Campanhas são feitas em todo o Brasil por famílias que tentam arrecadar dinheiro para a viagem e o falso tratamento. Digo falso porque nas condições em que são oferecidas essas experiências jamais poderiam ser chamadas de tratamento. Carros são doados, municípios inteiros se mobilizam, comunicadores divulgam os apelos.

Melhor seria se a energia e o dinheiro reunidos fossem aplicados na assistência a esses pacientes aqui mesmo no Brasil. Com os recursos terapêuticos que já existem e que foram submetidos ao crivo da ciência. Eles não curam, eles melhoram a qualidade de vida do paciente de forma limitada...Tudo isso é verdade mas, infelizmente, é o que a ciência e a medicina podem oferecer no momento.  
“Ir atrás desses tratamentos na China é uma temeridade”, diz Stevens Rehen, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisador do Laboratório Nacional de Células-Tronco (Lance). “Não só pelo dinheiro desperdiçado, mas pelo risco envolvido. É difícil transmitir isso a uma família desesperada, mas o fato é que os doentes podem piorar em vez de melhorar.”
Para ficar em apenas dois exemplos, essas experiências podem provocar câncer e doenças autoimunes. Se as células-tronco embrionárias têm o potencial de se transformar em qualquer tecido, elas podem dar origem a um tumor em vez de corrigir o defeito que se pretende corrigir.
As injeções também podem confundir o sistema imune. “Temos uma biblioteca de anticorpos. A injeção de células estranhas pode fazer o organismo atacar aquelas novas células e também as do próprio paciente”, diz Rehen.
Na semana passada, a revista científica Naturepublicou uma investigação sobre esse triste turismo médico na China. Segundo a publicação, o Ministério da Saúde chinês classificou essas experiências como altamente arriscadas e determinou uma auditoria nas empresas antes que elas pudessem oferecer esses serviços. Nenhuma delas recebeu aprovação das autoridades sanitárias da China para funcionar.
A medida não teve nenhum efeito prático.
“Em 2009, havia cerca de cem empresas oferecendo experiências com células-tronco na China”, disse à Nature Doug Sipp, pesquisador do Riken Center for Developmental Biology, em Kobe, no Japão. “Mesmo depois da reforma proposta pelo Ministério da Saúde, essa indústria continua crescendo.”
Em janeiro, o governo chinês anunciou um pacote para moralizar o setor. Qualquer organização que trabalhe com células-tronco deve registrar as pesquisas em andamento e possíveis atividades clínicas, declarar de onde vêm as células-tronco e quais são seus procedimentos em relação à ética em pesquisa.
O Ministério da Saúde chinês pediu às autoridades locais que interrompam qualquer uso clínico de células-tronco que não tenham recebido aprovação prévia. E lançou uma moratória nacional para barrar qualquer novo estudo clínico com células-tronco. Determinou também que não seja cobrado nenhum valor dos pacientes inscritos nessas experiências.
Cobrar milhares de dólares para submeter um paciente a uma experiência, sem nenhuma garantia de segurança e eficácia, é uma das mais sórdidas atividades econômicas desses novos tempos. É muito difícil fazer uma família perceber isso no momento em que se apega a toda e qualquer esperança. Alertar é a obrigação de quem tem distanciamento suficiente para enxergar a cena completa.

Como bem lembra o editorial da Nature, nas décadas de 30 e 40 do século passado, os médicos se convenceram de que o acesso à lobotomia (intervenção cirúrgica radical no cérebro para tratar esquizofrenia e outros males) era tão ugente que não seria possível aguardar o processo de comprovação de segurança e eficácia. Os cérebros de milhares de pacientes foram mutilados antes que os críticos conseguissem reunir argumentos e evidências suficientes para banir o uso da lobotomia.
É grande a semelhança com o que acontece hoje na China.
Infelizmente, a ciência não avança na velocidade esperada pela sociedade. Mas cautela é fundamental. Nesta semana, o Brasil deu mais um passo ao anunciar a liberação de R$ 15 milhões para estimular as pesquisas com células-tronco em oito centros de tecnologia celular.
Todo dinheiro é bem-vindo, mas é preciso ir além. Não é de hoje que os pesquisadores lutam contra a burocracia da Anvisa para conseguir importar reagentes e material biológico. As células não chegam ou chegam mortas aos laboratórios. São desperdiçados tempo, energia e dinheiro.
Os centros também precisam de novas regras para conseguir contratar pessoal com rapidez e com salários atraentes. No laboratório de Rehen, os profissionais são contratados por meio de bolsas. É difícil, quase impossível, reter um bom pesquisador com salários entre R$ 2 mil e R$ 2,5 mil.
“Acabei de perder um ótimo profissional. Vai trabalhar na L’Oréal, em Paris”, diz Rehen.
Sorte do garoto. Azar o nosso.


"Melhor seria se a energia e o dinheiro reunidos fossem aplicados na assistência a esses pacientes aqui mesmo no Brasil." (Cristiane Segatto)
A meu ver, melhor seria se o Brasil investisse mais nesse campo da medicina e o tratamento com células-tronco fosse acessível a todos os Brasileiros, dentro do próprio País.
Os tratamento de células-tronco oferecido pelos chineses, segundo a matéria, é enganação (engodo). Como se explica então o sucesso no transplante do policial, feito no ano passado, em Salvador, no Brasil !?

O milagre da ciência e da medicina vindo da Bahia de todos os santos 

Ninguém melhor para opinar se o tratamento é ou não eficaz seria os pais das crianças submetidas ao tratamento com células-tronco, eles sim podem avaliar se o tratamento foi ou não eficaz e cabe a eles decidir o que é melhor para os filhos deles.

Transplante com CÉLULAS TRONCO, eu fiz!!!
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quarta-feira, 21 de março de 2012

Células-tronco de medula e de cordão: qual a diferença?

Células-tronco de medula e de cordão: qual a diferença? 

As células-tronco encontradas no cordão umbilical são mais jovens, portanto, mais eficazes na hora do tratamento 

Os estudos com células-tronco vêm crescendo cada vez mais no mundo inteiro. Hoje, já são mais de 80 doenças que podem ser tratadas ou curadas com a ajuda delas, e mais de 200 estão sendo pesquisadas. Pode-se retirar células-tronco da medula, da gordura, da poupa dentária e do cordão umbilical. Mas qual é a diferença entre elas? 

Apesar de muitos pensarem que são células embrionárias, as células-tronco encontradas no cordão umbilical são células adultas, ou seja, elas possuem a mesma capacidade daquelas encontradas na medula óssea para se multiplicar e se transformar em qualquer tecido do corpo, como: sangue, ossos, nervos, músculos, entre outros. 

Entretanto, por serem consideradas virgens, são mais eficazes na hora do tratamento, pois nunca receberam nenhuma interferência de radiação, medicamentos, diferente do que ocorre nas encontradas na medula óssea, pois possuem a mesma idade de seu doador. Por exemplo: se o doador de medula óssea tem 60 anos, considera-se que suas células-tronco também tem a mesma idade, já que passaram por diversas modificações e não estão tão aptas quanto às encontradas no cordão umbilical para ajudar no tratamento de doenças. 

"Para aqueles que querem doar as células-tronco da medula óssea o ideal é fazer isso o mais cedo possível, pois quanto mais jovem for o doador, mais saudáveis serão as suas células e, consequentemente, funcionarão melhor na hora do tratamento, por isso incentivamos as mamães a coletar as células-tronco do cordão umbilical do seu bebê na hora do parto, seja para serem armazenadas em um banco privado, onde estarão disponíveis para o doador, ou para o banco público, onde estarão disponíveis para qualquer pessoa compatível, é neste momento que a coleta não oferece nenhum risco e as células são as mais puras possíveis", diz Dra. Adriana Homem, sócia e médica responsável do BCU Brasil (Banco de Cordão Umbilical). 

Para retirar as células-tronco da medula óssea, é necessária uma cirurgia em que se punciona a crista ilíaca.Por ser um procedimento cirúrgico, há alguns riscos. Já para coletar as células-tronco do cordão umbilical é preciso aproveitar o momento do nascimento do bebê, em que retira-se o sangue existente no cordão umbilical antes de se retirar a placenta. Após isso, coleta-se o sangue que sobrou na placenta para aproveitar o máximo de possibilidades de células. 

Independentemente do lugar em que as células são encontradas, o importante é doá-las para um banco público ou armazená-las em um banco privado, isto traz esperanças no tratamento de doenças graves, como câncer, linfomas, diabetes, anemias, etc. Além disso, diversas pesquisas já vêm apresentando resultados positivos, principalmente em lesões musculares e ósseas e é certo que, em breve, as células-tronco serão o grande trunfo da medicina regenerativa. 

Fonte: Bonde