domingo, 30 de outubro de 2011

Pesquisa brasileira traz esperança de cura para esquizofrenia


Pesquisa brasileira traz esperança de cura para esquizofrenia

Num feito inédito no mundo, cientistas da UFRJ e de outras universidades brasileiras transformaram células do braço de um paciente com esquizofrenia em células-tronco e depois em neurônios. Com isso, abriram uma caminho novo e promissor para estudar a esquizofrenia, doença que afeta 1% da população mundial e para a qual não há cura.

Liderada por Stevens Rehen, do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, a pesquisa foi aceita para publicação pela revista "Cell Transplantation", uma das mais respeitadas da área. O grupo conseguiu identificar alterações específicas da esquizofrenia nos neurônios e, num passo ainda mais fundamental, corrigiu essas alterações, fazendo com que os neurônios funcionassem normalmente.

A pesquisa, inteiramente realizada no Brasil, será apresentada amanhã na Academia Brasileira de Ciências, durante o Simpósio Indo-Brasileiro de Ciências Biomédicas. Segundo Rehen, essa é a primeira vez que se consegue modelar inteiramente uma doença em nível celular no Brasil. O estudo também é o primeiro no mundo a reverter em laboratório as características bioquímicas da esquizofrenia. Essa foi a segunda vez no mundo em que se identificou marcas bioquímicas da esquizofrenia usando células-tronco humanas reprogramadas (iPS).

Embora ainda seja necessário fazer outros estudos, os pesquisadores estão convencidos de que têm em mãos instrumentos para o desenvolvimento de um tratamento realmente eficaz contra a esquizofrenia.

O grupo de Rehen, do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias da UFRJ (LaNCE-UFRJ) é pioneiro no estudo de células-tronco embrionárias e células-tronco de pluripotência induzida (iPS) no Brasil. Atualmente, sete doenças cerebrais são estudadas por métodos de reprogramação de células (Parkinson, esclerose lateral amiotrófica, atrofia muscular espinal, disautonomia familiar, síndrome de Rett, síndrome do X frágil e esquizofrenia).

Estima-se que no Brasil há mais de 1,9 milhão de pessoas com esquizofrenia, um número superior, por exemplo, ao pacientes com mal de Alzheimer (estimados em 1 milhão), Aids (630 mil) e mal de Parkinson (200 mil).

Fonte: O Globo

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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Células de sangue menstrual são transformadas em embrionárias


Médicos do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), em parceria com o Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), conseguiram transformar células do sangue menstrual em células-tronco pluripotentes induzidas (iPS, na sigla em inglês) - reprogramadas para terem as mesmas características de células embrionárias. Trata-se de um importante avanço nas terapias celulares, que prometem reparar tecidos danificados por doenças ou traumas, já que as células embrionárias são capazes de se transformar em outros tecidos.

A ideia dos pesquisadores é gerar e estudar as células do músculo cardíaco de duas pacientes que têm uma arritmia cardíaca rara, chamada síndrome do QT longo. A primeira tentativa será com mãe e filha - que já tiveram amostras do sangue menstrual colhidas. Por conta da doença, elas sofrem crises de arritmias e podem ter uma morte súbita.

“Com as células induzidas, vamos reproduzir a doença de mãe e filha ‘in vitro’ e estudar as atividades elétricas envolvidas. Isso vai permitir entender o comportamento anormal das células e testar novas drogas”, explica o pesquisador Antonio Carlos Campos de Carvalho, coordenador de ensino e pesquisa do INC.

Fonte: IG

sábado, 22 de outubro de 2011

Pesquisa com células-tronco pode devolver movimentos para paraplégicos


A técnica pioneira no país foi desenvolvida por cientistas da Fundação Osvaldo Cruz no laboratório do Hospital São Rafael, em Salvador.


Nove anos após sofrer uma violenta queda durante uma viagem em família, que lhe causou um trauma raquimedular - lesão que causa comprometimento da função da medula espinhal -, que tirou a sensibilidade e os movimentos das duas pernas, o major da Polícia Militar Maurício Borges Ribeiro está andando novamente. Por enquanto, Ribeiro ainda precisa ser amparado por um andador e por uma órtese no tornozelo, por causa da atrofia muscular sofrida em suas pernas em nove anos de imobilidade. Mas as perspectivas são boas.
"Estamos fazendo um trabalho de fortalecimento muscular, para que o paciente possa, futuramente, se sustentar em pé e andar sem a ajuda de aparelhos", afirma Claudia Bahia, a fisioterapeuta e pesquisadora da Clínica de Atenção à Saúde (Casa), do Centro Universitário Estácio da Bahia (Estácio-FIB) - onde o policial realiza as sessões de fisioterapia uma vez por dia. "Há pouco tempo, ninguém acreditava que seria possível que um paciente paraplégico com lesão completa pudesse voltar a andar. É uma conquista imensurável".
Ribeiro foi o primeiro homem a participar de um tratamento experimental, desenvolvido por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz na Bahia (Fiocruz-BA), com o apoio dos hospitais Espanhol e São Rafael e de universidades baianas, para melhorar a qualidade de vida de pacientes que, como ele, tiveram ruptura total da medula espinhal por causa de traumas - e, com isso, perderam completamente a sensibilidade, o controle e os movimentos de quadris e pernas.
O tratamento consiste na aplicação de células-tronco mesenquimais, retiradas da medula óssea da bacia dos próprios pacientes, diretamente na região onde ocorreu o trauma. O procedimento começou a ser estudado em 2005 e foi testado inicialmente em animais domésticos, a partir de 2007, com melhorias em graus diferentes em todos os casos.
Depois de Ribeiro, mais cinco pacientes foram submetidos ao tratamento - e outros 15 devem passar pelos mesmos procedimentos até o fim do primeiro semestre do ano que vem. "Até agora, todos os pacientes tiveram algum nível de melhora e não houve nenhuma intercorrência médica", comemora um dos coordenadores da pesquisa, o neurocirurgião Marcus Vinícius Mendonça. "Em alguns, por enquanto, há apenas melhoras de sensibilidade, em outros, há avanços na parte motora. Um dos objetivos desta pesquisa é saber por que um paciente responde melhor que outro", disse.
Mendonça afirma que, depois que os 20 primeiros pacientes passarem pelo procedimento, serão colhidos os dados relativos aos testes para que sejam realizados mais estudos sobre o tratamento. "O período estimado de pesquisas é de cinco a dez anos", explicou. Para o policial militar, porém, o tratamento já pode ser visto como bem-sucedido. "Depois de nove anos, você perceber que pode se sustentar sobre as próprias pernas é uma sensação muito boa", afirma. "Já estou muito feliz, mais ainda porque meu progresso traz esperança para outras pessoas que passam pelo mesmo problema", acrescentou.
Fonte: Estadão

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Células-tronco do leite materno poderão ser usadas no tratamento do Parkinson e diabetes

Pesquisadores australianos descobriram a capacidade das células-tronco do leite humano de se transformar em células de várias partes do corpo

Leite materno: a descoberta de que possui células-tronco dará início a pesquisas para entender seu papel na saúde dos bebês 

Desde 2008, já se sabe que o leite materno contém células-tronco. Agora, uma nova descoberta foi feita pelo Grupo de Pesquisa sobre Lactação Humana da Universidade de Western Australia (UWA): o leite materno contém células-tronco capazes de se transformar não apenas em células da mama, mas também em células de outras partes do corpo, como do fígado, ossos, cartilagens, pâncreas e cérebro.

Saiba mais

CÉLULAS-TRONCO
Também chamadas de células-mãe, podem se transformar em qualquer um dos tipos de células do corpo humano e dar origens a outros tecidos, como ossos, nervos, músculos e sangue. Dada essa versatilidade, vêm sendo testadas na regeneração de tecidos e órgãos de pessoas doentes.
A pesquisa pode, no futuro, ajudar pacientes de doenças como o Parkinson e a diabetes, por meio de tratamentos baseados em células-tronco. "Se conseguirmos entender as propriedades e o papel dessas células nas mamas e nas crianças que são alimentadas com leite materno, poderemos usá-las como modelos para na pesquisa do câncer de mama e em tratamentos inovadores com células-tronco", disse a doutora e professora da UWA Foteini Hassiotou.
Um dos benefícios de obter células-tronco por meio do leite materno, segundo Hassiotou, é que ele pode ser coletado por métodos não-invasivos, diferentemente da maioria dos métodos atuais. "O próximo passo da pesquisa será implantar células-tronco do leite materno humano em animais para examinar seu potencial", afirmou Hassiotou.
De acordo com os pesquisadores, são realizados mais de 1.000 transplantes de células-tronco na Austrália todo ano, e 60.000 em todo o mundo.
Fonte: Veja

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Cientistas anunciam avanços em estudo com células-tronco


Cientistas anunciaram que conseguiram fazer avanços, em laboratório, em pesquisas com células-tronco personalizadas, reavivando o interesse em uma área da ciência antes ofuscada por fraudes e questões éticas, segundo um artigo publicado esta quarta-feira na revista científica Nature.
As células-tronco são células primitivas que se diferenciam, dando origem a vários tecidos no corpo e por isso são consideradas fundamentais para tratamentos futuros de doenças ou até para produzir substitutos de órgãos danificados.
A ideia das células-tronco personalizadas consiste em captar as versáteis células-tronco de embriões nos primeiros estágios de desenvolvimento que tenham sido "clonados" com o mesmo DNA do paciente. Desta forma, qualquer célula é reconhecida como amiga pelo sistema imunológico do paciente e não é atacada após o transplante.
A técnica de clonagem padrão consiste em pegar um óvulo e remover seu núcleo, que contém o vital código de DNA.
O interior é, então, substituído pelo núcleo da célula do doador e as duas partes são fundidas através de uma descarga elétrica. O óvulo, imerso em nutrientes, se divide e seu código genético é, então, reprogramado.
Em 2004, o cientista sul-coreano Hwang Woo-suk ocupou as manchetes de jornais de todo o mundo após alegar ter produzido uma linhagem de células-tronco geradas a partir do embrião de um clone humano.
Após desfrutar de prestígio, Hwang caiu em desgraça quando se revelou que ele teria forjado muitos dos resultados e obtido os óvulos de forma antiética e ilegal.
A nova pesquisa segue um caminho diferente do trabalho de Hwang.
Uma equipe chefiada por Dieter Egli, do Laboratório da Fundação de Células-tronco de Nova York, manteve intacto o DNA do óvulo e adicionou o material genético da célula de um doador adulto.
O resultado foi uma célula "triploide", ou seja, com três pares de cromossomos: 23 do óvulo e 46 (dois pares de 23) da célula do doador.
Segundo o estudo, as células do embrião "triploide" demonstraram o que os cientistas dizem ser indícios de células-tronco embrionárias normais, provando a importância de se manter o DNA do óvulo.
A pesquisa trouxe de volta o debate sobre células-tronco embrionárias personalizadas, depois da derrocada de Hwang e das alegações discutíveis de que células-tronco não embrionárias reprogramadas por substâncias químicas seriam tão versáteis quanto as obtidas a partir de embriões.
No entanto, segundo editorial também publicado na revista Nature, os embriões triploides são geneticamente anômalos e inviáveis.
"Ainda não está claro como as células triploides imitariam o comportamento das células no tecido. Ninguém dirá que são clinicamente relevantes a curto prazo", destacou o editorial.
O próximo desafio dos cientistas é produzir uma linhagem de células-tronco a partir de um embrião clonado "normal", ou seja, diploide - com 46 cromossomos - como Hwang alegou ter feito.
Mas mesmo que consigam, segundo a Nature, ainda terão que enfrentar questões éticas.
As células-tronco embrionárias obtidas de clones ainda representam a destruição de um embrião e reativam os temores da clonagem reprodutiva, em que um bebê-cópia é gerado e trazido ao mundo.
O novo estudo, que se esmerou em demonstrar transparência, usou óvulos de voluntários pagos, mas evitou usar a palavra "embrião".
Tampouco descreveu seu resultado como clonagem. Ao invés disso, asseverou que o DNA das células do doador foi reprogramado para um estágio primitivo pelo óvulo.
Apesar disso, segundo a Nature, "os últimos avanços apontam na mesma direção das alegações de Hwang", acrescentou a revista.
"(...) Pode ser um bom momento para as Nações Unidas criarem regulamentações ou restrições sobre a clonagem, que têm sido paralisadas pelo debate político e religioso", acrescentou.


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Nesse Dia das Crianças dê um presente diferente!

CAMPANHAS RUMO À ESPERANÇA DA CURA

Nesse Dia das Crianças dê um presente diferente! Presenteie esses pequenos com uma doação e ajude-os a tornar o sonho realidade.

Visite os sites relacionados no Blog, conheça a história dessas crianças e saiba como ajudá-las.

Todos estão indo em busca de uma qualidade de vida melhor e buscam no tratamento com células-tronco essa esperança!


Depende de Nós
Ivan Lins


Depende de nós

Quem já foi ou ainda é criança
Que acredita ou tem esperança
Quem faz tudo pra um mundo melhor


Depende de nós
Que o circo esteja armado
Que o palhaço esteja engraçado
Que o riso esteja no ar
Sem que a gente precise sonhar


Que os ventos cantem nos galhos
Que as folhas bebam orvalhos
Que o sol descortine mais as manhãs


Depende de nós
Se esse mundo ainda tem jeito
Apesar do que o homem tem feito
Se a vida sobreviverá


"Nunca abandone a criança que existe dentro de você"

Feliz Dia das Crianças!!!