sexta-feira, 27 de maio de 2011

Cientistas descobrem como estudar doenças que atingem células-tronco


Doença genética

Um grupo de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, integrado por um brasileiro, desenvolveu um método para estudar em laboratório uma rara doença genética.

Essa doença pode servir de modelo e facilitar a pesquisa de outras doenças causadas pelo mau funcionamento do sistema celular.

O estudo foi descrito em um artigo publicado na revista Nature, cujo primeiro autor é o brasileiro Luís Francisco Zirnberger Batista.

Doenças que atingem as células-tronco

Por meio da pesquisa, os pesquisadores desenvolveram células pluripotentes induzidas (iPS, na sigla em inglês) de pacientes com disqueratose congênita.

Essa é uma doença rara, causada pelo rápido encurtamento de longas sequências repetitivas de DNA que ficam na extremidade dos cromossomos (os telômeros) - para estudar suas células-tronco.

Ao analisar essas células iPS, que são morfologicamente idênticas às células-tronco humanas, os pesquisadores conseguiram demonstrar, pela primeira vez, como funciona o mecanismo da doença, que varia de paciente para paciente dependendo das mutações em determinados genes de suas células.

Além disso, também observaram que as células-tronco dos pacientes com disqueratose congênita possuem uma capacidade de se renovar extremamente reduzida. O que explica as diferenças da severidade da doença, que abrange desde problemas de pigmentação da pele até a falência da medula óssea.

Telômeros

"Agora, com essas células iPS nós temos um sistema pelo qual podemos estudar em placa de cultura a disqueratose congênita. E isso pode servir de modelo para estudar outras doenças que atingem as células-tronco, como a anemia de Fanconi", disse Batista.

De acordo com o pesquisador, os pacientes com disqueratose congênita apresentam problemas em tecidos, como a pele e a medula óssea, onde as células-tronco estão em constante divisão para formar células especializadas. E, a cada vez que essas células se dividem, elas perdem um pedaço do cromossomo - neste caso, os telômeros.

Em função disso, os telômeros das células de pacientes com disqueratose congênita vão se encurtando progressivamente em cada divisão celular até chegar a um ponto de crise cromossômica em que a célula para de se dividir (entra em senescência), morre ou gera instabilidade genética, o que pode induzir ao câncer e ao envelhecimento celular.

"Os pacientes com disqueratose congênita têm, por exemplo, problemas nas unhas, pele e falência da medula óssea, o que indica defeitos na capacidade de suas células-tronco manterem a estabilidade desses tecidos", explicou Batista.

Mutação genética

Há cerca de doze anos descobriu-se que a doença está relacionada à mutação de diferentes genes de um complexo de enzimas responsáveis pela manutenção dos telômeros, a telomerase. Porém, esse complexo de enzimas só é ativo em células-tronco ou progenitoras, que também têm a capacidade de se diferenciar em um tipo especializado de célula .

Para poder estudá-los, os pesquisadores decidiram pegar células da pele (fibroblácitos) de diferentes pacientes com disqueratose congênita e reprogramá-las para se tornarem células-tronco pluripotentes induzidas (iPS), conforme a técnica desenvolvida em 2006 pelo cientista japonês Shinya Yamanaka.

"Com essas células, nós podemos estudar uma forma de aumentar a eficiência da telomerase mutada que os pacientes com disqueratose congênita possuem. E nós mostramos no estudo que com terapia gênica é possível contornar a mutação desses genes", disse Batista.

Segundo o pesquisador, expressando telomerase mutada, os telômeros das células-tronco dos pacientes com disqueratose congênita mantidas em cultura foram encurtando progressivamente com o passar do tempo. E, quanto mais rápido o telômero das células em cultura encurtava, maior também era a severidade da doença nos pacientes.

Além disso, o encurtamento precoce do telômero fez com que as células tivessem uma vida em cultura muito curta, o que é uma característica incomum para células-tronco, que são capazes de se renovar em cultura por enormes períodos.

"O que nós vimos foi que o encurtamento do telômero das células desses pacientes acabou com a capacidade de autorrenovação dessas células, e acreditamos que é isso que acontece com as células-tronco adultas desses pacientes. Elas não conseguem mais se dividir, porque os telômeros ficam muito curtos. E isso acarreta nos problemas que eles apresentam nos tecidos, que precisam se dividir com mais frequência", afirmou Batista.

Células modelo

O estudo é o primeiro que utiliza células iPS indiferenciadas como modelo para estudos de doença que atingem as células-tronco.

Segundo Batista, os estudos realizados nos últimos dois anos com essas células foram voltados para pesquisar diferentes doenças não relacionadas às células-tronco. Além disso, nesses estudos as células iPS foram diferenciadas para analisar tecidos específicos, como células do sistema nervoso.

Já no estudo realizado pelo brasileiro e os pesquisadores norte-americanos, eles optaram por não diferenciar as células iPS de pacientes com disqueratose congênita, mesmo não tendo certeza se conseguiriam observar diferenças nelas.

"Nós ficamos muito felizes quando conseguimos ver que essas células iPS são o modelo perfeito para estudar a disqueratose congênita", afirmou.

A pesquisa contou com a colaboração do professor da Universidade do Colorado e prêmio Nobel de Química de 1999, Thomas Cech, que também assina o artigo.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Cientistas brasileiros criam dentes com células-tronco

Todo o processo se baseia nas técnicas da chamada engenharia tecidual
Foto: Unifesp/Divulgação

Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) tentam desenvolver dentes a partir de moldes biodegradáveis e células-tronco. Os primeiros experimentos, feitos em ratos, já mostraram resultados positivos e os cientistas conseguiram criar dentes nos animais.

"Não é que os ratos "gerem" dentes", explica a cirurgiã dentista Mônica Duailibi. "Foi possível encontrar incisivos centrais, por exemplo, nas estruturas que nós implantamos. Numa primeira fase, implantamos células num omentum de rato. Omentum é uma película que reveste todas as víceras. Usamos essa estrutura porque ela é extremamente vascularizada e essa vascularização permite a nutrição das células que a gente está implantando", explica.

É nesse molde que as células-tronco são depositadas e nele cresce o dente. "Entretanto, nesses primeiros ensaios, nós não tínhamos o controle da forma do dente, nem do seu volume", diz a pesquisadora.

Trabalhando nas pesquisas desde 2001, Mônica e Silvio Duailibi - que também são professores da universidade - continuaram a desenvolver o projeto até que, em 2008, publicaram os resultados dos implantes que fizeram nas mandíbulas dos animais.

"Esses implantes também foram positivos, mas isso em caráter experimental. Agora nós avançamos nas pesquisas e estamos coletando células de descarte de dentes humanos e processando essas células em laboratório, analisando em quanto tempo elas mineralizam, qual é a estabilidade delas e a saúde destas células. Estamos colocando isso num arcabouço, que tecnicamente se chama de scaffold, na forma de dentes, e estamos implantando isso em animais que não tem imunidade, que é pra não causar rejeição", disse a pesquisadora.

Engenharia tecidual

Todo o processo se baseia nas técnicas da chamada engenharia tecidual, que procura reunir os princípios da biologia com técnicas da engenharia, principalmente a computacional. Com a união das técnicas, é possível elaborar a forma dos dentes e alcançar não só a reparação, mas a regeneração.

"Nós fazemos uma tomografia computadorizada que vai dimensionar volumetricamente a estrutura, que pode ser um molar, pré-molar, canino ou um central, por exemplo. Essas informações são passadas por meio de um software pra um aparelho de prototipagem rápida, também conhecido como fabricação aditiva. Essas informações geram uma estrutura tridimensional", explica a pesquisadora.

Essa estrutura, utilizando material bioreabsorvível ou biocompatível, tem completa aceitação no organismo, fazendo com que as células se amoldem e se diferenciem dentro dela. Após o processo de diferenciação celular, o organismo reabsorve os elementos e deixa a estrutura do dente feita. "Então, com essa estratégia, é possível regenerar dentes, e não mais repará-los, apenas", diz.

Rejeição

A rejeição não é um fator problemático quando o próprio receptor fornece as células. Mas em casos onde isso não é possível, a pesquisadora diz que optaria pela tecnologia já disponível nos dias de hoje, que é a dos implantes metálicos."

A engenharia tecidual só será bem vinda se você conseguir fazer com que o doador e o receptor sejam os mesmos indivíduos, para que não se tenha rejeição. Se você só conseguir células de indivíduos diferentes, você tem que submeter este individuo à drogas imunossupressoras. É como um transplante de órgãos.

"E você vai se deparar com outra situação, que é a dos efeitos colaterais dessas drogas. Então se eu tiver que optar entre reabilitar uma boca e submeter um indivíduo para uma nova terapia, que utilize células diferentes, eu creio que a tecnologia que a gente tem disponível hoje seja melhor que a terapia residual", diz a cirurgiã dentista.

Os cientistas ainda não têm certeza de que o material biológico possa ser devolvido para os indivíduos sem o risco de promover a formação de um tumor, ou de outro tecido que não era o esperado.

"Mas a nossa pesquisa infere que, num futuro, a gente possa devolver para o paciente uma estrutura exatamente igual ao dente original. Ou seja, eu vou implantar lá no interior do osso algo que vai erupcionar como erupcionaria um dente normal. Isso é a esperança de se criar uma terceira dentição para quem precisa, para as pessoas que tenham um problema genético de não ter dentes, ou que os tenham perdido acidentalmente por algum trauma ou doença", diz a pesquisadora.

Fonte: Terra

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Células-tronco modificadas protegem contra efeitos secundários da quimioterapia

Embora a quimioterapia seja usada para matar células cancerígenas, também apresenta efeito tóxico sobre células normais, tais como as da medula óssea e as do sangue, muitas vezes limitando a capacidade de usar e gerir o tratamento quimioterápico .Invetigadores relatam que uma abordagem possível para reduzir este efeito tóxico seria modificar as células para que tenham um gene que as torna resistentes à quimioterapia, avança o portal ISaúde.

Os cientistas Hans-Peter Kiem, Jennifer Adair e Maciej Mrugala apresentaram dados de um ensaio clínico no qual as células-tronco da medula óssea de doentes com tumores cerebrais foram retiradas e modificadas com um vector de retrovírus para introduzir o gene resistente à quimioterapia. As células foram então injectadas novamente no sangue do doente. Na experiência, que foi projectada para avaliar a segurança e a viabilidade, foram administradas com segurança células-tronco do sangue geneticamente modificadas que persistiram por mais de um ano e não apresentaram quaisquer efeitos nocivos aparentes.

Esta abordagem foi testada em doentes com uma forma terminal de cancro do cérebro chamada glioblastoma. Actualmente, a sobrevida média para pacientes com glioblastoma é de apenas 12 a 15 meses. O prognóstico é pobre porque não há qualquer cura disponível e os médicos não podem usar efectivamente o tratamento existente . As células de glioblastoma produzem uma grande quantidade da proteína chamada MGMT que as torna resistentes à quimioterapia, então os médicos usam uma segunda droga, chamada benzilguanina, para derrubar o MGMT e tornar as células tumorais sensíveis à quimioterapia.

Esta combinação de dois golpes potentes não está limitada às células tumorais do cérebro. A benzilguanina também desabilita o MGMT nas células normais do sangue e da medula óssea, deixando-as também susceptíveis aos efeitos da quimioterapia. Os efeitos no sangue e na medula óssea dos pacientes podem ser consideráveis e, muitas vezes, limitam a capacidade de administrar efectivamente a quimioterapia.

"Os nossos resultados iniciais são encorajadores, pois o nosso primeiro paciente ainda está vivo e sem evidência de progressão da doença há quase dois anos após o diagnóstico", diz Kiem. Os resultados do estudo sugerem que a administração das células modificadas representam um método seguro para proteger as células da medula e do sangue dos efeitos nocivos da quimioterapia em pacientes com tumor cerebral. 

Ensaios clínicos futuros serão feitos para determinar se esta quimioterapia combinada irá também melhorar a sobrevida de pacientes com glioblastoma.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Começou a votação para o Prêmio TopBlog 2011

Estamos concorrendo na categoria Saúde! 


Contamos com seu voto!



Contamos com seu voto! 

Quanto maior for a visualização e divulgação do Blog, maior será a visibilidade das campanhas das crianças que estão em busca do tratamento com células-tronco.

É só entrar no gif do TopBlog, que fica em cima, do lado direito do Blog. Você será direcionado para a página do TOP Blog, onde, abaixo da palavra busca, aparecerá uma miniatura do blog com as informações sobre ele. É só clicar no botão votar e colocar seu e-mail e nome (ou apelido), depois confirmar o e-mail que será enviado pelo TopBlog (alguns estão indo para a pasta SPAM), basta confirmar o e-mail e o voto é validado.

É rápido e fácil!

Abraços

Sandra Domingues

terça-feira, 17 de maio de 2011

Corpo rejeita célula adulta que voltou a estado embrionário

Corpo rejeita célula adulta que voltou a estado embrionário
Experimentos feitos nos EUA acenderam o sinal amarelo para uma das grandes promessas biomédicas dos últimos anos, as células-tronco reprogramadas, ou iPS.


Capazes, em tese, de reconstruir qualquer tecido do organismo, elas também podem iniciar uma rejeição no organismo que as recebe, revela pesquisa na "Nature".

O fato é surpreendente porque tanto os doadores quanto os receptores das células-tronco foram os mesmos indivíduos --no caso, camundongos de laboratório.

Em situações como essa, não era para acontecer rejeição, já que o organismo deveria reconhecer as células como parte de si mesmo.

Não foi o que aconteceu com os roedores estudados por Yang Xu e seus colegas da Universidade da Califórnia. Caso o problema persista em humanos, cai por terra um dos principais atrativos de trabalhar com as células iPS.

Essa abreviação quer dizer "pluripotentes induzidas", porque a metodologia para criá-las induz células adultas (obtidas da pele, por exemplo) a adotarem estado semelhante ao embrionário, por meio da ativação de um coquetel de genes ligados à versatilidade das células.

Com isso, não é preciso destruir um embrião de verdade, escapando da controvérsia ética que torna terapias com células-tronco embrionárias proibidas para a Igreja Católica, por exemplo.

Segundo Xu e seus colegas, no entanto, ainda faltava verificar em detalhe o efeito das células reprogramadas sobre o sistema de defesa do organismo. Foi o que eles fizeram, inserindo nos camundongos tanto as células iPS quanto células embrionárias.

O objetivo dos cientistas era formar teratomas, tumores que são uma maçaroca de vários tecidos (incluindo pele, osso, músculo e outros) e que comprovam a capacidade das células de gerar essa variedade de tipos celulares.

Foi então que veio a surpresa: quando as células eram do tipo reprogramado, ou os teratomas não surgiam ou eles ficavam "murchos", atacados pelo sistema de defesa dos camundongos.

A explicação mais provável é que em muitos casos células de defesa do corpo dos roedores destruíam o tecido reprogramado como se ele fosse só um corpo estranho.

Ao que tudo indica, certos genes ligados ao processo de reprogramação têm como efeito indesejado justamente a capacidade de ativar o sistema de defesa do organismo.

Agora, é preciso ver como o processo aconteceria num teste terapêutico. A ideia, numa futura terapia, seria usar as células iPS já transformadas em outro tecido, e não em seu estado "bruto".

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Tratamento com células-tronco é debatido em reunião no Inpa

Tratamento com células-tronco é debatido em reunião no Inpa

A discussão integra calendário do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos do Inpa e terá como convidado pesquisador da UFRJ.

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia vai sediar nesta quinta-feira (12) a 16ª reunião do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA).

O evento ocorre às 8h15 no auditório da Diretoria do Instituto e terá como tema “
células-tronco de pluripotência induzida como modelo para o estudo do cérebro”. O pesquisador convidado será Stevens Kastrup Rehen, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Para pesquisador do Inpa e secretário-executivo do GEEA, Geraldo Mendes, o evento ajudará a integrar pesquisadores da biologia, biotecnologia e medicina.

“Além do Inpa, membros de entidades como Hemoam, UEA, Ufam e Embrapa foram convidados O estudo nessa área pode contribuir para o tratamento de doenças”, disse.


O grupo é formado por pesquisadores de instituições de ensino, órgãos governamentais e sociedade civil organizada.


O GEEA surgiu em 2007 a partir da percepção de que a sociedade apresenta inúmeras demandas por informações a respeito da Amazônia.


Fonte: A crítica. com

terça-feira, 10 de maio de 2011

Uso de células-tronco em pequenos animais será debatido na Superagro

Uso de células-tronco em pequenos animais será debatido na Superagro
Mesmo com a utilização em humanos sendo muito discutida e provocando polêmicas, o uso de células-tronco também é uma realidade na medicina veterinária.  

Pesquisas estão sendo feitas no Brasil e os resultados obtidos já permitem boas perspectivas para sua utilização.

Animais pequenos como cães, gatos e espécies maiores como cavalos já têm tido suas lesões tratadas com as técnicas desse tipo de procedimento.  Este é um dos assuntos que será debatido durante as palestras da 2° Expovet, na programação da Superagro 2011. A feira objetiva destacar o potencial dos mercados pet e vet em Minas, possibilitando o fomento de negócios entre fornecedores do setor e seu público potencial.

O tratamento dos animais lesionados é feito com o uso de células-tronco adultas ou somáticas, que foram retiradas da medula óssea de animais já adultos. Segundo o professor de cirurgia veterinária da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Ricardo Junqueira Del Carlo, o material recolhido é tratado em laboratório e pode ser transformado em células de várias partes do corpo. “São células que ainda não são específicas de determinados tecidos ou órgãos e, por isso, podem ser transformadas e usadas no sistema nervoso, por exemplo,” explicou.  Além da possibilidade de serem condicionadas a assumir determinadas características, as células-tronco colhidas também “podem ser expandidas”, ou seja, serem numericamente aumentadas a partir de determinada quantidade colhida.

Ainda segundo Del Carlo, as células-tronco colhidas podem ser aplicadas diretamente na lesão ou na veia do animal. Ele ressalta que, mesmo sendo aplicado de maneira venosa, o corpo consegue direcionar o material injetado para onde é necessária a sua presença. “O próprio corpo tem um banco de células reparadoras, o que acaba atraindo as células que foram aplicadas, para o órgão ou tecido do corpo que precisa ser reparado”, diz.

Avanços

Esses avanços nas pesquisas já permitem a utilização das técnicas no tratamento de doenças como diabetes animal, lesões ósseas e no sistema nervoso. O professor da UFV ressalta que “os resultados são animadores”. Mas, lembra que ainda não é o momento de creditar ao tratamento com células-tronco o futuro da medicina.  “Apesar da certa euforia que existe sobre o assunto é preciso ter cautela. Pesquisas estão sendo feitas e ainda temos muito a desvendar sobre o assunto”, pondera.

Para o professor, o Brasil ocupa posição de destaque em relação às pesquisas com células-tronco. São várias linhas de investigação científica que permitem inúmeros tipos de utilização e tratamento.  Apesar de a grande maioria ser destinada ao uso em humanos, a descoberta permite a utilização e adaptação dos resultados para a medicina veterinária. “Nas fases de pesquisas sempre são utilizados animais, portanto, a aplicação veterinária também acaba sendo beneficiada”, acredita.

Fonte: Superagro

quarta-feira, 4 de maio de 2011

PERDEMOS MAIS UM ANJO À ESPERA DO TRATAMENTO COM CÉLULAS-TRONCO


Hoje, 04/05/2011, foi o enterro da pequena Pilar, às 10h no cemitério da passagem, em Extremoz-RN

Pilar Rezende Teixeira nasceu em 30 de março de 2004 na cidade de São Luiz do Maranhão, trigêmea com dois meninos, Samuel e Emanuel. Os trigêmeos nasceram saudáveis e passaram bem até que Pilar e Samuel contraíram infecção hospitalar (aos quatro dias de nascidos) na maternidade. O quadro de Samuel era mais grave, e ele foi mandado para UTI, já Pilar apresentou melhora em seu quadro de infecção e foi mandada pra casa.

Eliani, a mãe de Pilar, e as pessoas que conviviam com a menina, perceberam que ela não respondia totalmente aos estímulos (sons, imagens) e seu desenvolvimento era muito diferente de seu irmão Emanuel, que já engatinhava, balbuciava e se comportava da forma esperada para um bebê de sua idade. Eliani e seu marido Nelson levaram a filha a vários pediatras, que não esclareciam o que estava acontecendo com a criança, até que uma médica falou o que ocorria: Em conseqüência de paradas cardiorespiratórias decorrentes da infecção hospitalar, Pilar teve falta de oxigênio no cérebro e com isso paralisia cerebral grave, e consequentemente todas as implicações de uma vida cheia de dificuldades, motoras, auditivas, cognitivas, entre outros.

A família foi morar em Natal buscando melhores serviços médicos, sobretudo a UTI pediátrica para Samuel, que não existe em São Luiz. Infelizmente, no dia 05 de setembro de 2005, com um ano e cinco meses, Samuel faleceu vítima de um erro médico grotesco.


Pilar e Emanuel estavam com sete anos, e a menina passava grande parte de seu dia em terapias com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos e outros profissionais que tentavam dar à garota melhores condições de vida possíveis. Pilar respirava sozinha e se alimentava de comidas pastosas, mas não andava, na falava, não conseguia sentar ou engatinhar, nem controlar seu tronco.
Apesar de todas essas limitações ela era uma criança feliz , e se divertia muito com seus familiares (dava boas gargalhadas!), adorava animais, crianças, brincadeiras  e banhos de piscina. 

Eliani, a mamãe de Pilar, descobriu que havia uma grande chance de melhorar a qualidade de vida de Pilar, o tratamento com células-tronco! Conversou com outros pais de crianças que foram fazer esse tratamento e enviou a documentação necessária para a Clínica na China e Pilar foi aceita para o tratamento.

Daí começaram uma campanha para angariar fundos e levarem a pequena em busca da esperança de uma melhor qualidade de vida, mas novamente, assim como no caso do pequeno Lucas Babolim, não houve tempo...Pilar não embarcou para à China...Pilar voou para o Céu!

Quantos ANJOS mais teremos que enterrar à espera do tratamento com células-tronco?!

Descanse em paz Pilar, que seu caminho seja repleto de luz e que Deus dê o conforto necessário aos seus papais para que possam atravessar esse momento de provação e superarem mais essa perda.

Enquanto esperamos que o tratamento com células-tronco seja aprovado no Brasil podemos mudar a realidade dessas famílias...podemos ajudá-los ir em busca da esperança de uma vida melhor para os seus filhos, basta ajudá-los a conseguir fazer o tratamento, nos países onde está sendo realizado com sucesso.

Não se omita! Não cruze os braços...ajude essas famílias!

Veja, ao lado, os Blogs das crianças que estão em campanha...Entre em contato com os pais das crianças e saiba como ajudá-los. Com tão pouco podemos fazer a diferença na vida desses pequenos...podemos significar a chance de mantê-los vivos!